segunda-feira, 30 de abril de 2012

Como minimizar os efeitos da seca

Ø  Não encha tanques ou piscinas, pode estar a gastar água necessária a outras pessoas;
Ø   Feche ligeiramente as torneiras de segurança de modo a diminuir o caudal de água;
Ø   Em caso de cortes de fornecimento de água armazene só a quantidade que vai necessitar. Se lhe sobrar água não a deite fora, reutilize-a;
Ø  Durante uma seca a qualidade da água pode deteriorar-se. Em caso de dúvida ferva-a durante dez minutos antes de a beber; Controle os seus gastos através de uma leitura regular do contador e da fatura da água.
      
      Na canalização
Ø  Não deixe as torneiras a pingar; uma torneira a verter pode gastar até 90 litros de água por semana;
Ø   Mantenha em bom estado a canalização de torneiras, autoclismo e máquinas (mande arranjá-los de perderem água);
Ø  Se um cano rebentar chame de imediato um canalizador;
Ø  Controle os seus gastos através de uma leitura regular do contador e da fatura mensal da água;
Ø  Se detetar uma fuga de água na via pública, rua ou jardim avise a Divisão do Ambiente da Câmara Municipal (Tel 283 320 987).

       Na Casa de banho
Ø  Evite os banhos de emersão;
Ø  Tome duches rápidos e não deixe a água a correr enquanto de ensaboa;
Ø   Feche a torneira enquanto escova os dentes ou se barbeia;
Ø  Descarregue o autoclismo só quando for necessário, colocando uma garrafa de plástico cheia de água no depósito;

       Na Cozinha

Ø   Na compra de eletrodomésticos opte pelos de menor consumo de água e eletricidade;
Ø   Utilize as máquinas de lavar roupa e loiça com a carga completa. Uma máquina cheia consome menos água do que duas com a carga incompleta;
Ø  Quando tiver pouca quantidade de roupa lave-a à mão. Aproveite alguma água para lavar o chão;
Ø  Se lavar a loiça manualmente utilize a bacia do lava-loiça ou um alguidar. Evite lavá-la em água corrente mas, se o fizer, não deixe a água a correr continuamente. Antes da lavagem pode limpar a loiça com um papel e deixa-la "de molho".

       No Jardim
Ø  Nunca regue o jardim nas horas de maior calor;
Ø  Se regar de manhã cedo ou à noite poupa a água que se perde com o calor do sol;
Ø   Se possível faça a rega com água de poços e ribeiros, recupere a água da chuva ou reutilize a de uso doméstico (ex: de lavagem de fruta e legumes);
Ø  Há plantas que necessitam de pouca água, evite rega-las sem necessidade;
Ø   Opte pelo cultivo de plantas típicas da região porque estão melhor adaptadas ao clima;
Ø  Cubra a terra do jardim com casca de pinheiro ou outro material apropriado. Desta forma diminui-se o contacto direto da luz solar com o solo, conservando a humidade da terra;
Ø   Se tiver piscina cubra-a quando não estiver a ser utilizada e limpe o filtro frequentemente.

       Lavagem do Carro
Ø  Reduza o consumo de água na lavagem do carro. Procure lavá-lo com menos frequência;
Ø  Opte por baldes de água; evite a utilização da mangueira mas, caso o faça, feche a torneira quando não estiver a utilizar a água.
Ø  Divulgue estas recomendações junto dos seus amigos e familiares.

SISTEMA DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO DE SECAS

Quando a situação é crítica, o Instituto da Água avisa a Autoridade Nacional de Proteção Civil para tomar as medidas necessárias. Quando os sistemas de abastecimento usuais esgotam os seus recursos é necessário providenciar o abastecimento de água às populações com meios alternativos. Este acompanhamento permanente pelo Instituto da Água fornece os indicadores que possibilitam decidir sobre os mecanismos de mitigação dos impactes decorrentes da seca. Para tal, é necessário dispor-se de informação relativa às atividades socioeconómicas das regiões e à avaliação de medidas tomadas em situações de seca verificadas no passado.

A seca em Portugal Continental

A seca  é entendida como uma condição física transitória caracterizada pela escassez de água, associada a períodos extremos de reduzida precipitação mais ou menos longos, com repercussões negativas significativas nos ecossistemas e nas atividades socioeconómicas.As situações de seca são frequentes em Portugal Continental.
 A sua incidência não ocorre de forma uniforme, sendo geralmente mais significativas nas regiões do Interior Norte e Centro e do Sul do País.


Efeitos e Vulnerabilidades
A severidade de uma seca  depende da deficiência de água no solo, da duração da seca e da sua extensão espacial.

Os sectores mais vulneráveis são geralmente a agricultura, a indústria e o próprio bem-estar da população.

A seca acarreta  consequências, diretas e indiretas:

Consequências diretas
- Deficiente fornecimento de água para abastecimento urbano;
- Prejuízos na agricultura, na indústria e na produção de energia hidroelétrica;
- Restrições à navegação nos rios e à pesca em águas interiores.

Consequências indiretas
- Favorecimento de condições que levem à ocorrência e propagação de incêndios florestais;
- Problemas fitossanitários;
- Degradação da qualidade da água;
- Erosão do solo e;
- A longo prazo, desertificação, nas regiões de climas áridos e semi - áridos



Prevenção dos efeitos das secas


A ação preventiva constitui a estratégia mais eficaz no combate a este tipo de situações extremas, dadas as suas graves consequências. A prevenção de secas é efetuada através de duas componentes, a previsão, que possibilita a antecipação de ações de controlo, e a monitorização, que permite detetar e conhecer em cada instante o grau de gravidade da situação.A previsão de secas é essencialmente climatológica. A monitorização e deteção têm uma componente fortemente hidrológica.O Instituto da Água é a entidade responsável em Portugal pela previsão e deteção de secas, através do Sistema de Prevenção e Proteção de Secas que, apoiado na monitorização (Programa de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos) e numa análise de secas regionais, permite identificar as regiões do país em crise e acompanhar a sua evolução